Jo Estill
Josephine Antoinette Vadala Estill nasceu no dia 25 de abril de 1921 na Pensilvânia, filha de pais de origem italiana. Ainda pequena, podia-se reconhecer seu talento para o canto, e seus pais não hesitavam em fazê-la cantar em pé sobre a mesa da cozinha para os convidados. Foi então sem surpresa que ela escolheu a carreira de cantora lírica e foi muito bem sucedida. Durante uma turnê na Europa, apesar das excelentes críticas que recebia, ela ficava cada vez mais nervosa a cada concerto, chegando até a declarar: “Please God, let me get through this and I’ll never sing again!” Ela começou a perceber que não compreendia o que fazia exatamente para alcançar um resultado tão bom e interrogava-se com frequência sobre o que acontecia fisiologicamente quando cantava. “How am I doing this?” foi a pergunta que inspirou sua mudança de carreira.
Ao voltar aos Estados Unidos, começou a fazer a seguinte reflexão: “Em minhas aulas de canto, aprendi todos os códigos da linguagem musical. Aprendi a dar mais expressividade ao meu fraseado, a cantar em várias línguas, a interpretar opera conforme as regras da arte… mas não aprendi como minha voz funciona. Eu podia produzir sons de múltiplas maneiras, mas somente uma delas era julgada “correta”. Eu trabalhava apenas uma qualidade vocal. Por que as outras qualidades vocais não eram apropriadas?”
Ela pôs-se a buscar respostas, ao mesmo tempo em que começava a ensinar canto e a fazer um mestrado em educação musical. Fez pesquisas em toda a literatura disponível na esperança de aprender mais sobre a voz… mas constatou que não compreendia o que achava, assim como não compreendia seus professores de canto na época! Percebeu muitas contradições e pouco consenso, de um livro para outro, a respeito da linguagem ou dos conceitos apresentados. Não via nessas obras explicações sobre o que ela mesma fazia com a voz para conseguir cantar como cantava.
Durante seus estudos, cursou disciplinas complementares de anatomia e fisiologia da cabeça e do pescoço. Começou suas pesquisas numa época em que a ressonância magnética estava se tornando acessível nos laboratórios. Pôde então contar com instrumentos que lhe permitiam estudar o fluxo e a pressão do ar e a atividade muscular (eletromiografia, eletroglotografia). Ao fazer observações por meio do laringoscópio, desenvolveu hipóteses sobre o verdadeiro funcionamento da voz. Colaborou com pesquisadores de renome nas áreas da medicina, da voz e da ciência da linguagem. Seus trabalhos de pesquisa prosseguiram durante várias décadas e serviram de alicerce ao Estill Voice Training system TM.
Jo Estill era fascinada pela infinita variedade de sonoridades que se pode ouvir nas vozes das diversas culturas que existem no mundo. Percebia, ouvia e via as coisa de uma maneira diferente. Ao longo de suas pesquisas, soube conservar seu senso de deslumbramento e seu entusiasmo pelas novas ideias. Ao se perguntar “O que acontece quando eu canto?”, estava pronta para considerar todas as respostas possíveis. Com seu modelo, Jo acabava de estabelecer uma ponte entre a ciência da voz e o ensino do canto.
O EVT é um modelo de treinamento vocal preciso, simples, acessível a todos, que permite controlar de maneira independente as diferentes estruturas anatômicas que compõem o conduto vocal. Seus exercícios, chamados de “Figuras”, são ferramentas eficazes tanto para pessoas cujo trabalho depende da voz falada quando para os cantores de elite, assim como para profissionais que trabalham com pacientes com distúrbios da voz.
« Cantar não é mais difícil do que dirigir um carro. Onde ir com ele – ou seja, escolher o que cantar – é você quem decide. Não existe uma “melhor” qualidade vocal única. O “melhor” depende daquilo que você gosta de ouvir. Algumas qualidades exigem mais trabalho que outras e não podem ser alcançadas sem aquele empenho fisiológico. Mas mesmo esse “trabalho” pode ser divertido.Singing is not more difficult than learning how to drive a car. Where you go with it – that is, what you choose to sing – is your decision. There is no single “best” voice quality. “Best” depends on what you like to hear. Some qualities require more work than others and they cannot be done without that physiological commitment. But even that “work” can be fun. »
Josephine Antoinette Vadala Estill nasceu no dia 25 de abril de 1921 na Pensilvânia, filha de pais de origem italiana. Ainda pequena, podia-se reconhecer seu talento para o canto, e seus pais não hesitavam em fazê-la cantar em pé sobre a mesa da cozinha para os convidados. Foi então sem surpresa que ela escolheu a carreira de cantora lírica e foi muito bem sucedida. Durante uma turnê na Europa, apesar das excelentes críticas que recebia, ela ficava cada vez mais nervosa a cada concerto, chegando até a declarar: “Please God, let me get through this and I’ll never sing again!” Ela começou a perceber que não compreendia o que fazia exatamente para alcançar um resultado tão bom e interrogava-se com frequência sobre o que acontecia fisiologicamente quando cantava. “How am I doing this?” foi a pergunta que inspirou sua mudança de carreira.
Ao voltar aos Estados Unidos, começou a fazer a seguinte reflexão: “Em minhas aulas de canto, aprendi todos os códigos da linguagem musical. Aprendi a dar mais expressividade ao meu fraseado, a cantar em várias línguas, a interpretar opera conforme as regras da arte… mas não aprendi como minha voz funciona. Eu podia produzir sons de múltiplas maneiras, mas somente uma delas era julgada “correta”. Eu trabalhava apenas uma qualidade vocal. Por que as outras qualidades vocais não eram apropriadas?”
Ela pôs-se a buscar respostas, ao mesmo tempo em que começava a ensinar canto e a fazer um mestrado em educação musical. Fez pesquisas em toda a literatura disponível na esperança de aprender mais sobre a voz… mas constatou que não compreendia o que achava, assim como não compreendia seus professores de canto na época! Percebeu muitas contradições e pouco consenso, de um livro para outro, a respeito da linguagem ou dos conceitos apresentados. Não via nessas obras explicações sobre o que ela mesma fazia com a voz para conseguir cantar como cantava.
Durante seus estudos, cursou disciplinas complementares de anatomia e fisiologia da cabeça e do pescoço. Começou suas pesquisas numa época em que a ressonância magnética estava se tornando acessível nos laboratórios. Pôde então contar com instrumentos que lhe permitiam estudar o fluxo e a pressão do ar e a atividade muscular (eletromiografia, eletroglotografia). Ao fazer observações por meio do laringoscópio, desenvolveu hipóteses sobre o verdadeiro funcionamento da voz. Colaborou com pesquisadores de renome nas áreas da medicina, da voz e da ciência da linguagem. Seus trabalhos de pesquisa prosseguiram durante várias décadas e serviram de alicerce ao Estill Voice Training system TM.
Jo Estill era fascinada pela infinita variedade de sonoridades que se pode ouvir nas vozes das diversas culturas que existem no mundo. Percebia, ouvia e via as coisa de uma maneira diferente. Ao longo de suas pesquisas, soube conservar seu senso de deslumbramento e seu entusiasmo pelas novas ideias. Ao se perguntar “O que acontece quando eu canto?”, estava pronta para considerar todas as respostas possíveis. Com seu modelo, Jo acabava de estabelecer uma ponte entre a ciência da voz e o ensino do canto.
O EVT é um modelo de treinamento vocal preciso, simples, acessível a todos, que permite controlar de maneira independente as diferentes estruturas anatômicas que compõem o conduto vocal. Seus exercícios, chamados de “Figuras”, são ferramentas eficazes tanto para pessoas cujo trabalho depende da voz falada quando para os cantores de elite, assim como para profissionais que trabalham com pacientes com distúrbios da voz.
Cantar não é mais difícil do que dirigir um carro. Onde ir com ele – ou seja, escolher o que cantar – é você quem decide. Não existe uma “melhor” qualidade vocal única. O “melhor” depende daquilo que você gosta de ouvir. Algumas qualidades exigem mais trabalho que outras e não podem ser alcançadas sem aquele empenho fisiológico. Mas mesmo esse “trabalho” pode ser divertido.
Durante os últimos anos de sua carreira, Jo Estill concentrou-se na implementação do processo de certificação EVT, a fim de que seu modelo fosse ensinado por mestres competentes (EMCI e EMT) com conhecimentos superiores de anatomia, fisiologia e acústica vocal.
A grande contribuição de Jo Estil à ciência vocal for reconhecida pelo National Centre for Voice and Speech de Sydney (Austrália), em 2002, e pela Universidade de East Anglia (Reino Unido), que lhe concedeu o título de Doutora Honoris Causa em 2004.
Jo faleceu no dia 9 de dezembro de 2010 aos 89 anos de idade.
Jo Estill's work is pioneering in that she was the first to separate voice quality clearly into source and filter components! Her basic vocal tract shapes associated with sob (yawn), twang, and sing (opera) are fundamental to our current understanding of how the source and the filter interact
Ingo R. Titze, PhD, World-renowned voice scientist and Director
National Center for Voice and Speech
Ver todos os testemunhosIt was nice to be reminded of how important my Estill training has been in guiding me to the point I'm at today. I've had more tools, thanks to Jo...
Joan Lader, New York City, premier voice coach